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Apresentação Núcleo de Literatura

Literatura | 21/04/2014 | | IFE CAMPINAS

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A Literatura corre perigo. Esse alerta do crítico Todorov não deve passar em branco. Atualmente, a Literatura parece confinada às Universidades que, via de regra, restringem-se à discussão de teorias. A obra literária parece relegada a segundo plano. Por outro lado, surge o problema da apreensão do conteúdo de uma obra literária, o que exige uma ativa participação do leitor, um esforço de imaginação, além de complicadas operações de memória, associação e criação, algo que vai muito além do mero estudo de teorias acadêmicas.

Uma boa obra literária aguça nosso olfato existencial e nos torna sensíveis para detectar as raízes da crueldade, da maldade e da violência e, ao mesmo tempo, as da magnanimidade, da alteridade e da bondade de que somos naturalmente capazes. Quando a literatura é posta fora de toda essa dimensão, perde seu sentido último e fica parecendo as horas que perderam seu relógio. Por isso, os clássicos da literatura assim são chamados não somente pela habilidade formal com que foram criados, mas também pelo que revelam do homem para o homem. O IFE CAMPINAS pretende ser um espaço para ideias que valorizem a Literatura em toda a sua riqueza.

Apresentação Núcleo de Educação

Educação | 21/04/2014 | | IFE CAMPINAS

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Sem dúvida, uma nação se constrói, fundamentalmente, a partir da educação de seu povo. Uma lição sempre presente e que, na realidade brasileira, faz-nos recordar que boa parte de nosso descompasso com as grandes nações se deve muito mais a problemas domésticos relacionados à educação do que propriamente às tão propaladas injustiças do fenômeno da globalização.

Estamos convencidos de que o grande salto que o povo grego alcançou, em nível de descoberta interior do homem, deveu-se à ação educativa. Desde seus primórdios, houve sempre uma preocupação em se descortinar os dois mundos que se abriam ao homem grego: o mundo exterior, voltado para os mares, à navegação, à conquista de colônias e às guerras e o outro mundo, o mundo interior, onde os mistérios da mente e das potências humanas foram descortinados.

Depois, a educação floresceu entre os romanos, que transformaram esse conhecimento em direito universal, aplicável somente para os povos civilizados até a queda de seu império ocidental, quando a Igreja Católica assumiu, definitivamente, sua função pedagógica, civilizando os bárbaros. A universidade, a herança de um período denominado, com forte carga preconceituosa, como das trevas, potencializou a evolução científica das nações da Europa, sob a tutela da mesma Igreja e não sem litígios. A partir da Idade Moderna, a universidade transformou-se na depositária do tesouro do saber humano e, na Idade Contemporânea, a preocupação voltou-se, sobretudo, para a universalização do acesso do direito à educação.

Hoje, a educação é um dos temas mais urgentes do nosso tempo. Muito se tem falado sobre o assunto, mas as propostas continuam aquém das necessidades reais. Embora sejam necessários planos para a melhoria das escolas, dos professores e do sistema educacional como um todo, pouco se questiona os princípios que norteiam a educação do nosso tempo. Contudo, mais do que inquirir esses valores, o IFE-Campinas busca caminhos que conjuguem as grandes ideias educacionais da nossa história com as demandas do nosso tempo: uma síntese entre tradição e atualidade.